quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O Dia em que o Tribunal calou

    Conta uma antiga lenda que na Idade Média uma pessoa muito influente assassinou uma mulher e fez com que a culpa recaísse sobre uma outra pessoa.
    O inocente foi levado à julgamento e, evidentemente, condenado à morte.
    Todos sabiam que aquele homem era inocente e que aquele julgamento era uma farsa.
   Ao perceber que o público poderia se revoltar e se levantar à favor do réu, o juiz propôs ao acusado uma chance de “provar” sua inocência.
    Valendo-se do fato que aquele homem era muito religioso, o juiz disse-lhe:
    - Vou escrever num papel a palavra “CULPADO” e, num outro papel, a palavra “INOCENTE”. Vou dobrá-los e colocá-los sobre a mesa. Você escolherá um deles e, caso você seja inocente, Deus fará com que você pegue o papel certo.
    Porém, o juiz, que estava envolvido em toda aquela farsa, escreveu a palavra “CULPADO” nos dois papéis. Dobrou-os e os colocou sobre a mesa.
    O homem, pressentindo a armadilha, em seu íntimo, pediu sabedoria a Deus.
   Ao aproximar-se da mesa, pegou um dos papéis e o comeu.
   O juiz, confuso, perguntou-lhe:
    - Porque você comeu o papel, homem?
    Ele respondeu:
   - O papel que eu comi, foi Deus que fez com que eu pegasse. A minha sentença deverá ser o oposto do que está escrito no papel que ficou sobre a mesa.

“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha tal homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos” – Tiago 1-5-8.